domingo, 15 de abril de 2012

Minha menina

A minha menina é unicamente egoísta, e assume, ela é perfeitamente imperfeita; me entorpece, é quem me faz pensar em como posso ser pior em aspectos melhores.
Ninguém a conhece porque ela só aparece para mim, ela me liga tarde da noite, quando todos estão dormindo, para falar sobre como ela consegue parecer a adrenalina presente em uma curva fechada a 140km por hora, com apenas uma última chance para um beijo de despedida.
Ela me beijou e eu caí, caí naquele abismo sem nada sólido que pudesse me segurar durante a queda, e eu amo, amo as borboletas que parecem fazer algum ritual dentro de mim enquanto eu caio. Quando sinto o chão empurrando meu corpo para cima novamente, e minha alma tenta segurar seu grito de dor (os dois sem sucesso), busco alguma bebida quente e um canto para sentar; já não consigo mais lembrar do porquê de estar ali naquele momento, já não consigo me lembrar de como eu era antes de tudo isso.
E, à propósito, eu amo o seu sorriso.

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