quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Banho

... cultivar as ligações humanas "simples"... Imagine explicar ao seu filho (uma criança, para o exemplo) o que é a política, enquanto você faz isso, um número relativamente alto de pessoas morre no mundo. Agora, se a conversa for sobre o amor, a amizade, o carinho, ele vai simplesmente sentir.

Tudo poderia, talvez, ser mais tranquilo.
"Os outros não podem ver.
Eles podem ver.
O que realmente passa pela sua cabeça quando você erra.
Quando você sai.
Sai de casa.
Sai de si.
E se refugia num erro de duas horas no máximo;
num erro que se apóia no outro, no fácil.
Vejo fraqueza em você.
Dúvida e medo; com você mesma.
Eu não deixaria você ir embora
se eu ainda soubesse quem você é."

De novo. Vontade.

É como um imã. Estar perto, acelera. Estar longe, diminui drasticamente meu ritmo...
Pois é.

...

Eu te fiz uma pergunta.
Você me ouviu?
Se sabe do que estou falando, porque não responde logo? Você não quer?
Ou isso seria apenas parte da sua persona esnobe e vingativa?
Eu tive que continuar a pergunta composta.
Você respondeu como se não soubesse do que se tratava, fingiu; esnobe.
Eu retirei tudo o que estava em suas mãos.
Me virei para você de novo.
Criei um ritmo, numa questão de pouquíssimos segundos, dois talvez.
Você entrou no meu ritmo.
Dançou comigo, precisamente. Se envolveu.
Mostrando que eu não posso estar errada (ou que eu esteja mesmo errada).
Tudo aquilo ainda existe.

Com o tempo (muito tempo depois)

Segure seus anéis, aperte-os contra as mãos, os dedos; seus óculos quadrados, quebre-os; seu par de tênis ou botinas grossas, deixe-os na sapateira, abandone-os; tudo novo, que tal?
Renove.

"- Ela tem poder nas palavras, professora.

- Sentar num banquinho de três pés é possível, mas você pode cair."

Medo

"Medo da solidão que cerca a todos.
Medo de perder o conforto,
o costume,
o carinho.
Medo do inseguro ou
de qualquer outro porto seguro.
De interrupções.
"Eu sou mais da MPB." disse ele no final da conversa.
"Hey, cadê a galera? e a aula?" ele disse no começo, no encontro.
Isso me tirou a dor, por alguns instantes.
A paz que ele traz deve vir da.
Perdi o foco, o sentido, ah..."


Conceito, aprendizado, pensamento

- Oi srta. perversa, como vai você?
Vim te dizer que, quando amar alguém, aproveite o bom, o positivo, pensando na outra pessoa, em vocês duas, mas principalmente, em você.
Pense em tudo, o que te faz bem, o que te faz mal, coloque numa balança. O "amor livre" exige isso.
Se terminar e você sentir que não tem volta, que ficou completo, ótimo; se não, se afaste, dê tempo até que algumas feridas se cicatrizem, espere por isso vivendo o que te cabe viver.
Se um dia o amor quiser voltar, pare para pensar, saiba dizer para você mesma (e para o outro) o que você sente, o que você realmente sente.
Se você ama e acha que tem tudo para dar certo, ótimo; se ama e tem dúvida do outro ou se vai dar certo, espere que com o tempo tudo se encaixa; agora, por favor srta., tenha certeza se isso não é apenas uma dependência do outro, um medo de estar "só, porque quando você volta por isso... péssimo. Vai chegar um dia que tudo vai tentar voar em sua mente, e vai cair; você em certo ponto já não vai saber o que tudo isso é, o que tudo realmente significa, o que e quem está fazendo ou se sentindo mal, tudo vai se misturar sem explicação, e você se perderá ainda mais na dependência, você se perderá no outro e eu si. Então, muito cuidado srta., tudo isso é muito perigoso, pode te destruir até que você perca completamente o controle.
Seja cuidadosa com o amor, pois ele é muito frágil, e você também.
- Porque está me dizendo isso?
- Apenas um desabafo.

Caio e mensagens III

[...]

Até o vento se cansou, e agora me deixou com o mesmo puta calor do dia todo de novo, você pode ajudar aí por favor, sr. vento? huh?
A porta? Não!

Algum tempo depois...

A porta bateu, e foi forte demais,  foi tenso.